Nada pode se comparar a Deus! É triste percebermos como muitos indivíduos ou comunidades creem – acreditam mesmo! – que a sua interpretação, “visão”, entendimento de Deus são definitivos e únicos. A arrogância de quem acha que pode controlar, domesticar ou entender plenamente o Eterno é gigante. Ora, como o salmista nos diz: “quem pode se comparar com o Eterno?” A resposta é simples: ninguém. Isso significa que nenhum humano é portador exclusivo do ser do Senhor. Ao contrário desse tipo de soberba e arrogância idolátrica – sim, quem age assim cultua um ídolo –, devemos nos curvar diante dEle com muita humildade, o louvando e experimentando o incomparável.
Diante de quem Ele é, nos cabe, tão somente, durante toda a nossa história, nos rendermos frente as maravilhas que Ele faz. O Criador, segundo o salmista, está acima de todas as nações. Nenhuma lógica nacionalista se compara ao Senhor, que está acima de tudo e de todos. Nenhuma país, megapotências, tão pouco a nação com maior poderio bélico, pode se comparar ao Deus eterno. Ele está acima do que nossos olhos podem ver, do que a nossa imaginação pode criar, do que a nossa capacidade intelectual. Além e além. Nossas vistas alcançam o céu, mas Ele em sua majestade está para além do brilho dos nossos olhos ou do horizonte que podemos admirar ou ainda das nuvens que conseguimos observar. Ele está além e além de nós, é incomparável!
O salmo revela um Senhor que se assenta em um trono e que, simultaneamente, está atento a cada detalhe humano e terreno. Como poderíamos nos comparar com os olhos do Senhor? Como poderíamos nos colocar em pé de igualdade com Deus? Somente Ele tem condição de sondar o coração humano e dar vereditos certeiros e justos. Somente Ele: Ele é incomparável. É incomparável em seu amor, sua atenção para conosco. Ninguém ouve e vê como o Altíssimo. Somente Ele – somente! – pode fornecer esperança definitiva ao pobres, mudar histórias, humilhar os soberbos e dar espaço aos humildes, conceder vida e dar paz que transcende o entendimento. Somente Ele.
Que ao fazermos a experiência com o incomparável, possamos amansar a nossa alma, depender mais de Deus e domarmos a nossa tola arrogância religiosa e presunçosa, que atende somente os interesses do diabo. Que estejamos, pois, dispostos a tão somente adorar aquele que ultrapassa tudo e todos, silenciando nosso ego em sua presença.