Pastor André Anéas

A experiência da opressão

Meditações no Salmo 140

Normalmente a opressão é atribuída a inúmeras sensações horríveis causadas por demônios. O salmista, entretanto, clama a Deus por livramento de um tipo de opressão que é causada por humanos. Às vezes, humanos podem oprimir mais que os demônios, nos conduzindo para uma experiência de oração intensa devido as sensações e tormentos terríveis que gente má causa em nós. Independente do contexto – trabalho, casa ou igreja – a atmosfera opressiva contra as nossas vidas pode ser configurada. Não temos nenhuma evidência explícita, mas sabemos em nossa alma que alguém trama contra nós. Esse é o sentimos de quem ora aqui.

O orante sabe que ímpios estão agindo para derrubá-lo. Trata-se de gente violenta, cujos planos são perversos e adoram produzir guerras com suas atitudes e ações. Da língua dessas pessoas escorre veneno de víboras. É um falar mentiroso, que confunde, que planta a iniquidade, que alimenta o ódio, que instiga o que há de pior no humano. É venenoso justamente por ser sorrateiro, maldosamente discreto, sempre agindo nas sombras contra os justos. O salmista ora por proteção, pois sabe que está vulnerável diante desses maldosos. O salmista sabe que armadilhas estão postas e muitas ciladas armadas para capturá-lo e destruí-lo. Nas sombras há uma expectativa imensa para que esse que ora ao Senhor seja destruído, para que caia, para que se dê mal em sua vida. O salmista não tem discernimento completo do evangelho de Jesus, por isso pede ao Altíssimo pelo sofrimento de seus perseguidores. Pede para que fogo caia sobre eles e que recebam o mesmo mal que tramam contra os outros. Em chave cristã, jamais caberia uma oração dessa nos lábios dos discípulos e discípulas de Jesus. Mas deve-se notar algo bonito no salmista: ele recorre a Deus e não faz vingança com as suas próprias mãos. Derrama sua prece diante daquele que pode salvá-lo, cuja justiça não falha e que tomará o partido do injustiçado.

Em sua experiência de opressão, se derrama na presença do Eterno por socorro e em plena confiança. Seja a perseguição sorrateira de um chefe no trabalho, a inveja velada de um familiar ou a maldade de um religioso arrogante e embebido em seus dogmas, certo é que quanto mais expostos estivermos, mais pessoas serão os demônios que poderão nos oprimir e tentar nos derrubar para que possam comemorar a nossa derrocada. Nessa atmosfera de opressão, nesse cheiro de perseguição, ao discernir a maldade que emana das almas obscuras dos perversos – maldade até de gente “boa” –, que o Pai seja a nossa rocha forte a nos proteger e nos ensinar a não nos intoxicarmos com os desejos de vingança.

Pr. André Anéas

Seja feita a Tua vontade

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
Seja feita a Tua vontade
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Mateus 06-10 e 26-42

Jesus ensinou e orou para Deus: “seja feita a Tua vontade”. Que significa essa oração? Por que devemos orar assim?

Me parece que existem algumas importantes razões…

Orar para que “seja feita a Tua vontade” é nos relacionarmos com o Deus revelado em Jesus. Ou seja, orar para que a vontade dEle prevaleça, significar orar a um Deus que não pode ser colocado dentro de uma lógica utilitária. Deus não pode ser instrumentalizado para fazer a minha vontade. Deus não se sujeita a ser uma espécie de “papai Noel” que atende aos meus caprichos e desejos egoístas.

Orar para que “seja feita a vontade de Deus” é também uma atitude de humildade. É reconhecer as nossas limitações. É reconhecer a nossa incapacidade de gerenciar tudo por completo. É assumirmos a nossa humanidade.

Mais: orar para que “seja feita a Tua vontade” é uma oração que faz bem a alma, pois a vontade de Deus é sempre boa. Mesmo nas piores e mais dolorosas circunstâncias da vida, as quais nunca entenderemos os porquês, devemos orar pela vontade de Deus, pois Ela é sempre vida; saúde; paz; consolo; justiça…

Por fim, orar pela “vontade de Deus” é purificar a nossa oração dos nossos pedidos tolos. É lembrar de tentar colocar na boca de Jesus a nossa própria oração.

“Que seja feita sempre a Tua vontade e não a nossa…” 🙏🏼❤️

André

A vulnerabilidade do amor radical de Jesus

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
A vulnerabilidade do amor radical de Jesus
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Mateus 5-38

Em tempos de violência, guerras, da impossibilidade do diálogo, penso que somente a radicalidade do amor de Jesus pode nos dar uma luz. Seja em relação as guerras dos nossos tempos ou as nossas guerras interiores, somente com o tipo de amor ensinado pelo nazareno é possível a paz.

Que amor é esse?! É um amor radical, louco, que desafia a nossa lógica meritocrática. Mas, acima de tudo, nos coloca em uma posição de absoluta vulnerabilidade.

É um tipo de amor que aceita o fato de que podemos sofrer e nos machucar nesse lançar-se amoroso na direção do próximo.

É um amor que sabe conviver com a dor da saudade e da falta de controle sobre os outros. Amor que não possui nenhum tipo de gaiola.

Amor que escolhe a inocência, sinceridade e desprendimento, aceitando o risco de ser zombado.

É o amor que prefere a dor de sofrer uma traição a ser o traidor.

Um amor que coloca à disposição a carne, que dá a outra face, que cede as suas roupas, que caminha até o esgotamento, que prefere perder a ganhar.

Amor que ama até os inimigos! Ora por eles. Amor que não aceita a perpetuação da lógica da vingança, rompendo-a e abrindo-se para a graça que tudo suporta.

Esse amor que nos faz conscientemente vulneráveis é o amor que pode gerar vida, vencer o ódio, superar o ressentimento e nos conduzir para a paz exterior e interior.

Amor que cura.

André 🙏🏼❤️

Jesus está aqui!

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
Jesus está aqui!
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2ª Tessalonicenses 3: 6

A volta de Jesus é uma grande esperança que os cristãos tem. Nessa Dia se manifestará plenamente aquilo que ainda é parcial.

Entretanto, essa esperança, se mal compreendida, pode se tornar uma anestesia espiritual, uma paralisia, beirando o fanatismo religioso. Nessa anestesia, o crente para de focar nas coisas da vida e se desloca para um “mundo paralelo” que, para ele, é mais “espiritual” do que as coisa ordinárias, temporais e efêmeras.

Segundo Paulo, não podemos jamais incorrer nessa distorção. A volta de Jesus não deve ser um “analgésico” para a Vida. Quem se aliena dessa maneira, não vive e corre o risco de se entrometer na vida alheia, ser pesado para os outros e experimentar uma espiritualidade alienante e tóxica.

Mais que isso, Paulo nos instrui a “não apagar o Espírito”. Quem é o Espírito se não o Espírito de Jesus?! Jesus prometeu que estaria aqui conosco. Embora possamos aguardar a volta dele visivelmente, Ele está conosco como prometeu, em Espírito.

Por fim, Paulo é categórico! Devemos trabalhar ou, se ampliarmos essa ideia paulina, viver a vida! O caminho da fé cristã é o caminho de viver a vida abundante que temos em Jesus!

Não se aliene.
Jesus está aqui!
Viva a Vida que Ele tem para você.

André 🙌🏼🙏🏼❤️

Deixando de ser fraco na fé

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
Deixando de ser fraco na fé
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Romanos 14 e 15

Fraqueza na fé, a partir do que Paulo ensina aqui, não é sinônimo de dúvida. A fé é uma simbiose de certeza e dúvida, certeza do que não se vê, prova do que não se pode provar (Hb 11.1).

Para Paulo, o “fraco na fé” é aquele que se escandaliza facilmente. Que não tem maturidade para experimentar a liberdade cristã. Em sua experiência religiosa, o fraco se acha forte por defender ideias teológicas (que muitas vezes não tem fundamento algum) e querer impô-las para os outros. Eles se acham mais “santos” por não comerem carne e também por guardarem dias especiais, achando que isso os faz mais fortes do que os outros. Estão enganados: eles são os fracos de que Paulo fala.

Como vencer a fraqueza na fé? Como deixar de ser fraco e passar a ser forte na fé? Aqui vão alguns caminhos…

Primeiramente se descobrir fraco. Quem não fizer um salto para dentro de si e ser convencido pelo Espírito que é fraco, dificilmente sairá da cegueira em que se encontra.

É importante também constatar um fato: o mundo não gira ao nosso redor. Nem tudo será do jeito que gostamos. Nem todos pensarão da mesma forma que nós. E está tudo bem, pois não somos o “sol” da galáxia.

Em terceiro lugar, não devemos confundir fé com opção teológica e litúrgica. Existem muitas teologias. Não existe uma voz evangélica que fala em nome de todos. Há pluralidade, há possibilidades, há variedades de opções religiosas. Assim, a fé é maior do que as crenças. Aceitar isso nos dá maturidade.

Por fim, precisamos nos alumbrar com a beleza do evangelho. As boas novas do amor de Deus por nós devem ser maiores do que as coisas periféricas. O evangelho é o que deve nos encantar. O resto não está em pé de igualdade com o Pai gracioso revelado em Jesus!

Cresça na fé.
Amadureça na fé.
Seja forte na fé!

André 🙏🏼❤️

Coma morango!

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
Coma morango!
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Mateus 6:34

Um homem ia feliz pela floresta quando, de repente, ouviu um urro terrível. Era um leão. Ele teve muito medo e começou a correr. O medo era muito, a floresta era fechada. Ele não viu por onde ia e caiu num precipício. No desespero agarrou-se a uma raiz de árvore, que saía da terra. Ali ficou, dependurado sobre o abismo. De repente olhou para a sua frente: na parede do precipício crescia um pezinho de morangos. Havia nele um moranguinho, gordo e vermelho, bem ao alcance da sua mão. Fascinado por aquele convite, para aquele momento, ele colheu carinhosamente o moranguinho, esquecido de tudo o mais. E o comeu. Estava delicioso! Sorriu, então, de que na vida houvesse morangos à beira do abismo…” (Rubem Alves)

Temos três certezas na vida:

1. O nosso tempo é escasso. Ele está acabando. É limitado.

2. Vamos sofrer, pois é da vida o sofrimento. Não há como se esconder da dor, fugir das crises, escapar dos problemas.

3. Existem “morangos” no caminho. Há beleza na vida. Existem feixes de luz, encantando a estrada da existência.

Mas há 1 dúvida: você vai comer os morangos que aparecerem no caminho?

Em meio às preocupações da vida, a porção de maldade de cada dia (Mt 6.34), o cansaço, os medos, as dores, as enfermidades, o desemprego, a falta de recurso financeiro, as frustrações, os “leões”, as “florestas fechadas” e os “abismos”: você vai esticar a mão e comer aquele moranguinho, gordo e vermelho?!

O evangelho produz em nós fé para na longa estrada da vida podermos degustar essas delícias, enxergar a beleza, e sermos marcados por aquilo que encanta a caminhada. Ser cheio do Espírito de Jesus é ter os olhos abertos e estar preparado para sempre comer morango!

Buscar o Reino de Deus e sua justiça, deixando o Pai cuidar do resto, é deixar de ser míope para o Belo da vida. É lançar-se em uma fé que nos dá coragem para que em meio a momentos de sofrimento possamos experimentar a eternidade em forma de beleza e sabor no dia que se chama hoje. 🙏🏼❤️

André

Não proibais o falar em línguas

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
Não proibais o falar em línguas
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1ª Carta de Paulo aos Coríntios, cap. 14

Paulo instrui a igreja de maneira clara que o falar em línguas – dom do Espírito que nos auto edifica, também conhecido como glossolalia – não deve ser proibido. Que significa isso?!

Sugiro três questões sobre essa afirmação:

1. A nossa fé é suprarracional

Nossa fé não é racionalista, em que tudo deve ser explicado com a razão, como se ela – a razão – fosse infalível. Também não é irracional. Sim, é possível fubdamentar, explicar algo, dar uma fundamentação racional para a fé. Logo, se ela não é racionalista, tão pouco irracional, ela é “suprarracional”, transcendendo nosso intelecto e se utilizando dele simultaneamente.

2. Devemos buscar experimentar os mistérios de Deus

Há uma porta aberta para experiências espirituais extraordinárias. Pode ser o dom de línguas, mas não somente. Na presença do Mistério, podemos viver coisas que não cabem na linguagem ou que não podem ser expressadas. Essas experiências não carecem muitas vezes nem de explicação: devem somente ser vividas.

3. Não atrapalhe a comunhão

A auto edificação deve produzir amor e nos conduzir para uma vivência parecida com Jesus. Se nossa “auto edificação” produz arrogância, soberba e divisão, não é edificação, mas destruição. Isso não procede do Espírito.

Portanto, “não proibais o falar em línguas” significa a possibilidade de experimentarmos o que não cabe na linguagem. A fé cristã não é somente teologia, livros e confissões doutrinárias, mas um experimentar sensações que tocam nossos corpos e geram em nós emoções que desafiam a lógica pura da razão!

André 🙏🏼❤️

A experiência de ser Igreja

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
A experiência de ser Igreja
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Carta de Paulo aos Romanos 12: 4-5

Só é possível experimentar plenamente Deus em comunidade. Não é possível viver a espiritualidade cristã sozinho, de maneira individualista.

Entretanto, para experimentar a experiência de sermos corpo de Cristo, Igreja, comunidade, precisamos superar algumas lógicas…

Primeiramente superar as diferenças. É preciso disposição para o convívio com o diferente de nós. É preciso tolerância com as diversas personalidades, ideias, teologias, culturas. Sem a superação da diferença, não há como ser um só corpo.

É preciso superar o egoísmo. Devemos assumir nossa condição de necessitados uns dos outros. Quem não precisa de ninguém e se sente autossuficiente, não faz ideia do que significa ser Igreja…

Por fim, devemos superar a hipocrisia. Falar “irmão” e “irmã” de domingo é fácil. Porém, devemos SER verdadeiramente irmãos e irmãs, membros da mesma família, membros do mesmo corpo, uma só Igreja, chorando com os que choram, se alegrando com os que se alegram, repartindo, hospedando e nos cuidando mutuamente.

Está preparado para viver uma experiência espiritual profunda? Conviva intensamente em comunidade, supere as diferenças, o egoísmo e a hipocrisia. Afinal, somos chamados obra ser um corpo plural, formado por muitas tribos, línguas e nações para ser povo de Deus! 

Abraços,

André 🙏🏼❤️

Experimentar Deus

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
Experimentar Deus
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Salmo 139

Quem procura uma igreja não procura ou não deveria procurar um show, uma palestra, um evento “gourmet” religioso… A nossa grande busca deveria ser para experimentarmos Deus. Experimentar Deus em nossa vida, uma espiritualidade profunda, deveria ser sempre o mais importante.

Como experimentar o Mistério de Deus? O salmista, embora reconheça que Deus sempre será incompreensível, sinaliza algumas pistas sobre como fazer esse tipo de experiência.

Na espiritualidade profunda, devemos ser nós mesmo diante do Eterno: honestos e sinceros. Somos diante dele um livro aberto. Experimentar Deus envolve, necessariamente, nos encontrarmos com quem realmente somos.

Experimentar Deus envolve também a certeza de que o Eterno está em todos os lugares. Não há como escapar de Deus. Superar as dicotomia tolas, que deixam Deus apenas nos espaços religiosos, é, assim, fundamental para discernirmos o Senhor em todos os lugares.

Ser um livro aberto e saber que Deus está em tudo não deve gerar medo, mas contemplação, pois Ele é bom! A índole de Deus está absolutamente vinculada ao amor. O poder dEle se manifesta de maneira amorosa, protetora, cuidadora para com todos nós.

A pergunta decisiva, assim, não é se Ele nos conhece, ou onde Deus está ou se Ele é bom. A pergunta é se temos olhos para perceber sua presença.

Ele quer que o experimentemos… Você está com os olhos do coração abertos para experimenta-lo?

Abraço fraterno,
André

A experiência do Mistério

Meditações no Salmo 139

Gosto, particularmente, quando o salmista afirma que não está em condições de compreender plenamente o Eterno, uma vez que Ele é tão elevado e maravilhoso. Quem ora reconhece que o conhecimento que podemos obter acerca de Deus é um conhecimento sempre parcial, sempre envolto em mistério, para além de todo tipo de capacidade racional. Ao final da oração que escreve, ele compara Iavé com os ídolos. Ídolos podem ser manipuláveis, esculpidos, arquitetados e projetados para serem a nossa imagem e a nossa semelhança. Com o Senhor é diferente. Por quê? Por justamente Ele não se permitir se capturável por nossas mentes, permanecendo o que de fato Ele é e sempre será: Mistério. Isso não significa que não podemos saber absolutamente nada acerca de Deus, afinal, Ele mesmo se revelou para a humanidade.

Entretanto, essa Revelação nunca é plena, absoluta e definitiva. Deus, mesmo se revelando, permanece e perecerá Mistério. O salmista sinaliza dois elementos que se pode conhecer desse Deus misterioso. Primeiramente, que Ele é capaz de discernir que seu próprio ser é um “livro aberto” para o Senhor. Esse Mistério sabe e conhece. Esse Mistério nos sonda até as entranhas da nossa alma. O Mistério nos conhece. Assim, viver a experiência do Mistério é ser experimentado por Deus de tal forma que nada passa despercebido. Experimentar Deus é um se despir por completo, um estar nu. Tudo o que somos, pensamos e intentamos está debaixo dos olhares daquele que nos sonda. Quem ora sinaliza, em segundo lugar, que Ele é também Belo.

A maneira como Ele pensa, age, cria, se revela e é está cheia de beleza, de pureza, de alegria, de mansidão, de bondade, de amor. Nada em Iavé é feio e violento. Ele é o Amor, como disse João, o apóstolo. Ao mesmo tempo que Ele é cheio de poder, estando em todo lugar, enxergando no dia e na noite, na claridade e na escuridão, seu poder se manifesta imbuído de um tipo de Beleza eterna, profunda e complexa. Experimentar o Mistério é experimentar aquele que É e de quem nada podemos esconder, pois ele Está. É, igualmente, experimentar um Mistério que se revela de maneira terna, nos paralisando diante de um tipo de Amor que nos silencia, nos impedindo de buscar respostas e soluções, mas que nos faz, tão somente, silenciar e contemplar.

Pr. André Anéas