O Deus que se revela nas Escrituras é um Deus para além do nosso conceito de Deus. Ele nunca poderá ser captado em sua totalidade. Nunca poderemos dar conta de quem Ele é em sua plenitude. Ele sempre vai escapar-nos. Ele sempre permanecerá mistério, muito embora se revele para a humanidade. Essa percepção acerca de quem Ele é, é fundamental para compreender a sua grandeza, inefabilidade e transcendência. Simultaneamente – ou dialeticamente – sua revelação, manifestação ou aparição se torna ainda mais especial, única e singular.

Viver a experiência do Deus vivo, que significa a experiência de um Deus indomesticável, não gerenciável e incontrolável em seu querer, é experimentar uma proteção, um cuidado, uma companhia, um amor, uma graça e uma misericórdia cujas palavras nunca darão conta da verdade e realidade desses conceitos. É vivenciar a pureza e grandiosidade do Mistério que deliberadamente deseja vir ao nosso encontro. É estar envolvido em um mistério amoroso. É estar casado com um noivo que ama a noiva com uma paixão eterna. É estar banhado em águas límpidas. O fiel que experimentou esse amor é um fiel que não se abala com os questionamentos dos questionadores e seus argumentos tolos. Por quê?

Por saber que Deus não é um ídolo e que tão pouco os que se curvam diante do Mistério tentam controlar o ímpeto amoroso do Eterno. Assim, aqueles que questionam Deus o fazem em nome de ídolos inexpressivos, de ideias que suas próprias mentes criaram. Somente quem está diante daquele cujo nome não dá conta do seu Ser, pode confiar em um cuidado e amparo certo e seguro. A benção de Deus está sobre aqueles que não ousam definir Deus, mas tão somente silenciar e contemplar a sua majestade, grandeza e senhorio, expressos em metáforas que nunca darão conta do Deus vivo!

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