1ª Carta de Paulo aos Coríntios, cap. 14
Paulo instrui a igreja de maneira clara que o falar em línguas – dom do Espírito que nos auto edifica, também conhecido como glossolalia – não deve ser proibido. Que significa isso?!
Sugiro três questões sobre essa afirmação:
1. A nossa fé é suprarracional
Nossa fé não é racionalista, em que tudo deve ser explicado com a razão, como se ela – a razão – fosse infalível. Também não é irracional. Sim, é possível fubdamentar, explicar algo, dar uma fundamentação racional para a fé. Logo, se ela não é racionalista, tão pouco irracional, ela é “suprarracional”, transcendendo nosso intelecto e se utilizando dele simultaneamente.
2. Devemos buscar experimentar os mistérios de Deus
Há uma porta aberta para experiências espirituais extraordinárias. Pode ser o dom de línguas, mas não somente. Na presença do Mistério, podemos viver coisas que não cabem na linguagem ou que não podem ser expressadas. Essas experiências não carecem muitas vezes nem de explicação: devem somente ser vividas.
3. Não atrapalhe a comunhão
A auto edificação deve produzir amor e nos conduzir para uma vivência parecida com Jesus. Se nossa “auto edificação” produz arrogância, soberba e divisão, não é edificação, mas destruição. Isso não procede do Espírito.
Portanto, “não proibais o falar em línguas” significa a possibilidade de experimentarmos o que não cabe na linguagem. A fé cristã não é somente teologia, livros e confissões doutrinárias, mas um experimentar sensações que tocam nossos corpos e geram em nós emoções que desafiam a lógica pura da razão!
André 🙏🏼❤️