Nos dias maus, em que tudo dá errado, aprendemos que a confiança no Senhor é fundamental para a nossa jornada espiritual. Porém, existe a possibilidade do dia mau se estender. O tempo passa e os problemas permanecem. O tempo passa e os inimigos parecem só avançar. O tempo passa e a luz no fim do túnel da vida não nos ilumina em nada. Mesmo diante da profunda e prolongada tristeza, ainda assim as Escrituras nos desafiam a algo difícil: viver a experiência da misericórdia do Eterno.
Quem experimenta essa realidade compreende que o Senhor não é um Deus sádico. Deus não se alegra com a nossa dor. Deus não sente prazer em ver a nossa tristeza. Deus não tem prazer com a dor alheia. Deus não é o autor do mal. Ele é misericordioso. Ele é um bálsamo sobre as feridas dos feridos. Ele é cura nas chagas dos aflitos. Ele é luz na alma cheia de trevas. Ele é a rota que nos afasta do castigo. Ele é o barco que conduz a bonança. Ele é a água fresca em meio aos desertos ensolarados. Ele é fonte de misericórdia hoje e sempre. Há misericórdia da parte de Deus! Mais que isso: nossa fé na misericórdia não será em vão. Não somente saber, mas desfrutar dessa misericórdia. Não somente olhar para Deus e crer que ele é misericordioso, mas estar em prontidão, cheios de expectativa, para a misericórdia que virá! Podemos confiar, podemos esperar: a misericórdia do Senhor não nos decepcionará.
Nas pequenas situações e nas mais complexas questões existenciais, Deus não cessará em manifestar a sua misericórdia para conosco. Cabe uma ressalva: não sabemos como e nem quando. Nem sempre entenderemos os caminhos da vida, os rumos da embarcação que nos leva, e os porquês das dores que sentimos ou o porquê de elas persistirem e insistirem em nos machucar. Entretanto, podemos confiar, podemos esperar, podemos pedir, pois o Deus da misericórdia a derrubará sobre as nossas vidas. Assim, que esperemos com expectativa a onda misericordiosa do Eterno nos imergir em sua bondade, pois aquele que promete cumpre.