Podcast: Sermões

Somos uma comunidade de seres humanos normais, cheios de crises e inseguranças. Estamos longe da perfeição, mas estamos abertos e sempre disponíveis para que Deus produza em nós amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.

EPISÓDIO 31 – Avivamento e o fruto do Espírito

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
EPISÓDIO 31 - Avivamento e o fruto do Espírito
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Gálatas capítulo 5

Recentemente, muito se falou no meio evangélico sobre “avivamento”. Entretanto, a mesma igreja que tem um frenesi acerca dessa assunto, é uma igreja marcada por contradições: hipocrisia; julgamentos; ênfase no dinheiro; fala mais das más novas do que de boas novas; cheia de vaidade; cheia de ganância pelo poder.

Ora, será que esse é o “avivamento” que devemos esperar?

Certo é que não dá para conceber uma igreja morta. A igreja deve ser viva, portanto, “avivada”. Mas ser viva não é, necessariamente, um bom sinal. Tudo que é vivo dá fruto, pois está em desenvolvimento. A questão é se o fruto é bom ou ruim – os exemplos acima mostram um fruto de péssima qualidade.

Uma igreja viva dá o fruto do Espírito! Bondade, amabilidade, paciência, domínio próprio, amor… Ser uma igreja viva não tem relação com a liturgia, com as músicas, com regrinhas tolas que inventamos para saber quem é mais santo ou menos santo, ou com a duração do culto. Uma igreja viva, cujo fruto é bom, é uma igreja que AMA.

Que sejamos vivos e produzamos fruto bom: o do Espírito!

Abraço fraterno amigo e amiga.
André ❤️??

EPISÓDIO 30 – O Deus que tem sede

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
EPISÓDIO 30 - O Deus que tem sede
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João 04

Evangelização é um tipo de atividade religiosa muito mal interpretada pelos cristãos, especialmente os evangélicos. Campanhas e mais campanhas para atrair membros para instituições religiosas são feitas, com métodos específicos e campanhas de marketing. Trata-se de um mercado da fé, com concorrência e disputa pela “fatia” do mercado.

Nada mais distante de Jesus…

Na famosa cena de Jesus junto de uma samaritana, no poço de Jacó, nos é revelada outra maneira de partilhar graça e amor. Jesus não oferece uma religião, um templo, uma teologia. Ele pede água; Ele adentra o mundo daquela mulher; Ele conversa; Ele relativiza o religioso. Ela, por sua vez, se sente segura; ela é acolhida; ela é encontrada; ela é amada.

O Deus revelado em Jesus pede água. Jesus, em sua humildade, oferece-se nesse encontro. Vai até o poço onde ela pega água, oferece água viva e um modo de relação com Deus que supera a religião: em Espírito e em verdade!

Na partilha da nossa fé, não devemos criar “arapucas” para “ganharmos almas”. Devemos ser verdadeiros, honestos e estar dispostos a visitar os “poços” daqueles que cruzam nossa vida. Devemos adentrar mundos desconhecidos. Devemos criar relações verdadeiras. Devemos fazer novos amigos. Devemos ser humilde e “pedir água” para o próximo. É ai, na honestidade de uma relação verdadeira, que o Espírito age.

Sem pressão.
Sem proselitismo.
Na leveza do evangelho.
Na liberdade absoluta do Espírito.

Abraço fraterno amigo e amiga.
André ❤️??

EPISÓDIO 29 – Teologia do Corpo

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
EPISÓDIO 29 - Teologia do Corpo
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João 20 : 24

Nesse tempo de Carnaval creio ser oportuno visitarmos teologicamente a questão do Corpo. Nós, enquanto igreja, fomos muito influenciados por um tipo de pensamento filosófico grego, especificamente platônico, em nossa tradição cristã ocidental. Tendo como grande expoente Santo Agostinho, desenvolvemos um olhar pessimista e negativo sobre a nossa carne, o nosso corpo.

Exemplos disso: os cristãos, especialmente os protestantes históricos e tradicionais, têm dificuldades em expressar emoções, a dança já foi considerada pecado, por anos não jogamos futebol de domingo, ir cinema e desfrutar das artes foi tido como grande tentação para a “carne” e, até hoje, falar em sexualidade é grande tabu nas igrejas.

Entretanto, quando observamos as Escrituras, percebemos que o corpo não deveria ser desvalorizado. Em primeiro lugar, Deus encarnou em corpo, se fazendo carne. Deus desejou ter um corpo como o nosso. A ressurreição é peça chave também. É ressurreição do corpo. Tomé teve o privilégio de tocar as marcas da crucificação de Jesus ressuscitado em carne.

O corpo é bom! Ele é um jardim, que pode produzir flores e frutos. O sorriso, o abraço, a troca de olhares, o consolo, o passear de mãos dadas… Tudo isso só acontece porque temos um corpo. Fantasmas, almas e espíritos não se abraçam.

Relativizar o valor e santidade do corpo é um perigo! É abrir caminho para a maldade. Se o corpo e a matéria não são boas, pode justificar assassinatos e a destruição da natureza sem peso na consciência. Essa relativização é perigosa e está distante do Deus que fez tudo bom, inclusive nossos corpos e a natureza.

Que possamos (re)pensar em nossa reflexão o corpo, o valorizando como Deus o faz. Sorria! Dance! Viva! Pois somente quem tem corpo pode fazê-lo.

Abraço fraterno,
André ❤️

EPISÓDIO 29 – O amor é amoral

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
EPISÓDIO 29 - O amor é amoral
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João 13: 35

O que nos torna discípulos e discípulas de Jesus? Sermos moralistas, juízes, intrometidos na vida alheia e religiosos rigorosos não nos faz discípulos do Nazareno. Podem até dizer que “somos diferentes”… Mas tem muita excentricidade por ai que nada tem a ver com o ensino do evangelho.

Segundo o próprio Jesus, o que prova/atesta que a pessoa tem Ele como mestre é o AMOR! Amor esse presente nas Escrituras – basta ler com uma boa dose de bom senso – amor que liberta a alma do ódio, da vingança e da falta de perdão; amor que supera a lógica da religião para vivermos o evangelho que nos faz livres para amar; o amor, que é encarnado, materializado, exteriorizado em manifestações concretas e práticas.

O que te faz discípulo ou discípula de Jesus não é a qualidade da catequese, não é o moralismo, não é um discurso religioso: É O AMOR! Sem amor, estamos distantes do Deus revelado em Jesus.

Minha oração é igual a da canção do Marcos Almeida:

“Deixa eu viver a boa nova
Deixa eu me encontrar com esse amor todos os dias
Deixa eu viver a boa nova
Que me faz bem, me deixa amar sem perguntar a quem”

Vamos amar! Quem ama conhece a Deus, pois Deus é AMOR!

Abraço fraterno,
André ??❤️

EPISÓDIO 28 – Quando a esperança é ousadia

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
EPISÓDIO 28 - Quando a esperança é ousadia
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Lamentações 3:18

Existem momentos em que não há esperança. Os poemas contidos no livro de Lamentações narram um desastre tamanho em que só é possível chorar. Fome, guerra, destruição, violência e muitas dúvidas. Quem escreve tem dificuldade até mesmo para entender Deus em meio ao caos.

Acredito que muitas vezes estamos assim. Diante das circunstâncias sociais, pessoais, religiosas, não temos esperança. Só existe um caminho possível: OUSAR esperançar.

Essa ousadia precisa ser fruto de algumas convicções: 1. Saber que Deus é o Deus da misericórdia. 2. Experimentarmos a misericórdia de Deus. 3. Saber olhar para os sinais da misericórdia!

Decidi para mim mesmo: VOU OUSAR TER ESPERANÇA. Para isso, guardei em meu coração a certeza de que Deus é amor infinito. Vou treinar meu olhar para olhar para Jesus – é só para ele! Mais: não vou deixar que nada nem ninguém me tire a alegria dos sinais de esperança que vejo no mundo.

Te convido a fazer o mesmo… Quando a esperança é ousadia, vamos ousar esperançar a partir da realidade do Deus que renova suas misericórdias todas as manhãs! Vamos ser inundados da esperança que procede do Deus da Vida, da Paz e da Justiça. Como diz o poeta, vamos cantar: “Você que inventou a tristeza / Ora, tenha a fineza de desinventar”, porque Deus é bom!

Abraço fraterno,
André ??❤️

EPISÓDIO 27 – Buscando a Sabedoria

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
EPISÓDIO 27 - Buscando a Sabedoria
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Provérbios 8:22

Final de ano é sempre uma oportunidade de fazermos uma análise profunda sobre a vida. Na minha análise pessoal, decide que quero ser alguém mais sábio. Para tanto, me debrucei no livro de Provérbios e busquei caminhos para a Sabedoria.

Primeiro caminho: é desejar a Sabedoria. Para sermos mais sábios, precisamos nos reconhecer como necessecitados e carentes de sabedoria. O orgulhoso está sempre na contramão da sensatez e é uma tolice. Somente um coração humilde encontra a Sabedoria do alto.

Segundo caminho: observando o texto de Provérbios, encontramos virtudes presentes em toda Bíblia. O sábio sempre se coloca contra a preguiça, a impaciência, a ganância, a inveja. As virtudes recorrentes no texto bíblico devem passar a serem praticadas na Vida.

Terceiro caminho: o compromisso com os pobres. As Escrituras insistem e persistem em mostrar que Deus tem um compromisso especial com os pobres, os órfaos e as viúvas. Se comprometer com os direitos daqueles que não tem direitos faz parte da sabedoria bíblica. É sábio tomar o partido dos indefesos e necessitados.

Quarto caminho: ouvir. Alguém já disse que temos dois ouvido e uma boca… há sabedoria na multidão de conselhos, em ouvir os pais, em acolher a repreensão. O sábio escuta, ouve.

Por fim, o quinto caminho: controlar a boca. A língua é um veneno. Falamos muito, sem pensar, apressadamente. O sábio é aquele que pensa antes de falar. Sabe silenciar. Gere bem a língua.

No ano que se abre, busquemos a Sabedoria… a desejando; agindo virtuosamente; comprometidos com os pobres; ouvindo mais; falando menos.

Abraço fraterno e feliz 2023!
André Anéas ??❤️

EPISÓDIO 26 – Natal é nascimento e Vida!

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
EPISÓDIO 26 - Natal é nascimento e Vida!
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O Natal é a data em que celebramos o nascimento de Jesus. Deus nasceu, encarnou. Muitos são os significados desse acontecimento: perdão, esperança, salvação.

Mas algo pode passar desapercebido: o nascimento, a Vida em si mesma. Deus decide se revelar nascendo, vivendo. Nascimento é Vida. E no Natal celebramos o nascimento da Vida, por parte daquele que gera a Vida.

Quando refletimos a Vida, sabemos e vivenciamos a sua complexidade, seus paradoxos, seus dilemas. Mas a sabedoria do evangelho de Jesus, desse que é a Vida, nos fornece caminhos para viver melhor…

A Vida é de viver. Na revelação de Deus – a Vida – descobrimos que a Vida é menos teoria e mais prática; menos discurso e mais ação; menos abstração e mais concretude; menos ideias e mais sensação. Que nesse Natal e em toda a nossa Vida, apliquemos os ensinamentos de Jesus na jornada, na Vida.

Mais: a Vida é hoje, agora, neste instante. Não dá para viver a Vida no passado. Tão pouco se vive da expectativa do futuro. Honramos a Vida que nos é dada como dom quando a experienciamos já.

Jesus nasceu. A Vida nasceu! Portanto, não deixe para perdoar, amar, compartilhar, abraçar, acolher e ser generoso depois. Seja agora e faça da sua Vida uma vida que honre o seu nascimento.

Que a nossa fé seja expressão de Vida. Muito além de uma religião, que a nossa espiritualidade cristã, que tem em seu fundamento um Deus que nasce e mama no peito de Maria, enalteça a Vida de Deus em nós!

Feliz Natal irmãos e irmãs!

Abraço fraterno,
André Anéas ❤️??

EPISÓDIO 25 – Igreja: eu não vim até aqui para desistir agora!

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
EPISÓDIO 25 - Igreja: eu não vim até aqui para desistir agora!
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1ª Carta de Paulo aos Coríntios 11: 17

Eu acredito na igreja! Chego a beirar a ingenuidade e ter um pensamento utópico… Mas acredito na igreja. Não me tornei pastor para desistir agora. Aliás, “não vim até aqui para desistir agora!”.

Entretanto, é fundamental entender que igreja é essa. Infelizmente existem igrejas que fazem mais mal do que bem. Paulo não consegue elogiar a igreja de Corinto, pois as reuniões deles faziam mais mal do que bem, distorcendo – e muito – o sentido e significado da Ceia do Senhor.

Aprendemos com Paulo que uma igreja cheia de divisões, de espírito sectário, desunida, que não possui unidade e amor, está na contramão do tipo de experiência comunitária que a fé cristã deveria ter.

Mais: toda lógica individualista nada tem a ver com Jesus! Ir à igreja e pensar somente em mim, na minha benção, no meu milagre, no meu bem estar, nada tem a ver com a fé no nazareno.

Por fim, Paulo mostra que uma igreja que tolera a humilhação do diferente, manifestada no preconceito com o empobrecido, no racismo, no machismo ou na xenofobia, é uma igreja que não sabe discernir o Corpo de Cristo.

Eu não vim até aqui para desistir agora! Por isso, insisto, trabalho e persevero no servido dentro da igreja, pois quero contribuir para que a igreja de Jesus seja um lugar em que eu queria estar com a minha família e amigos, vivendo uma experiência de fé verdadeira: uma alternativa de tudo o que existe nas culturas desse mundo.

Como você tem contribuído para que a atmosfera da igreja seja menos sectária, menos individualista e menos preconceituosa? Vamos viver de verdade a experiência de sermos comunidade de Jesus? Espero que você não tenha vindo até aqui para desistir agora… Espero que a igreja que estamos sendo faça, no mínimo, mais bem do que mal.

Abraço fraterno,
André Anéas

EPISÓDIO 24 – A casa do Pai

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
EPISÓDIO 24 - A casa do Pai
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Lucas 15:11

A Bíblia não é um texto cheio de doutrinas, dogmas. Não é uma confissão doutrinária e tão pouco um compêndio de teologia sistemática. É um livro cheio de narrativas, cheio de histórias e estórias que preenchem a nossa imaginação. Um livro com uma beleza singular, escrito para tocar o nosso coração.

A parábola do filho pródigo é um exemplo notável disso. Estória genial, que inspirou Rembrandt, Jesus nos fala sobre o amor de um Pai que recebe seu filho irresponsável de volta. Em tantas leituras possíveis, conseguimos imaginar os detalhes que fazem parte da “casa do Pai”. Sobre isso que quero lhe falar…

A casa do Pai do filho pródigo é uma casa que deve povoar a imaginação que sustenta a nossa espiritualidade cristã. Nessa casa temos um chão feito de liberdade, que possibilita o amor verdadeiro. Na casa do Pai temos fartura de alimento e dignidade para todos. Nela, a graça é derramada abundantemente. Há alegria: é lugar de dança e de festa! Na casa do Pai há paciência e lugar para a confissão que cura e amadurece os filhos e filhas que ali habitam.

A nossa igreja é como a casa do Pai?
Você é casa do Pai?

Que a nossa vida tenha o cheiro da casa do Pai, pois é lá, que aprendemos acerca do Deus revelado em Jesus!

Abraço fraterno,
André Anéas ❤️

EPISÓDIO 23 – Nascer de novo: sair da noite e ir para o dia

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
EPISÓDIO 23 - Nascer de novo: sair da noite e ir para o dia
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João 3: 1

Como pregador do evangelho, anseio ver as pessoas desfrutando da transformação que Jesus pode fazer no humano. Sei da incapacidade humana em promover essa mudança/conversão/“novo nascimento”. Mas é um tanto frustrante perceber o coração endurecido das pessoas – principalmente religiosas -, as impedindo de vivenciar a experiência de estar na luz…

Estar na noite, na escuridão e na obscuridade é habitar o local do medo, da vergonha e da mentira. Quem vive na noite tem medo da luz, pois sabe que a luz fará com que toda a falsidade e más intenções apareçam, se manifestem.

Quem vive na luz não é perfeito… Mas vive sem vergonha, vive na liberdade do Espírito, vive sem ter o que esconder, vive como perdoado e redimido. Quem nasce da água e do Espírito vive a humanidade que Deus deseja para cada um de nós: cheia de bondade, amor, perdão e domínio próprio, graça e misericórdia. Sem ressentimento, mágoas e com feridas cicatrizadas.

Enquanto as trevas da noite destroem nossa relações, família e adoecem a igreja com seu legalismo, supressão da Vida e literalismo arcaico, a luz de Jesus nos permite vivenciar a experiência da transparência, uma experiência de humanos pacificados, experimentando o novo que há em Jesus!

Nicodemos em sua religião envelhecida estava na noite. Conhecia o Deus que era, mas não o Deus que É. Oro para que possamos experimentar esse novo nascimento que nos conduz à luz e nos tira das trevas da surdez e cegueira de uma religiosidade ultrapassada.

Luz! Que vivamos nEle, deixando todo o medo para trás!

Abraço fraterno,
André Anéas