Pastor André Anéas

Deus: artesão de almas

Igreja Batista em Quitaúna
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Deus: artesão de almas
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Marcos 04-26:29

Deus trabalha em nossas vidas artesanalmente. Não existe no evangelho nada que justifique uma “industrialização” da nossa fé, padronizando ou sistematizando o modo como o Pai trabalha em casa um de nós. Por isso, o convite é para você abrir o seu coração para que o Artesão possa tecer sua alma, que é única e singular.

Abraço fraterno,

André Anéas

A alma precipitada

Igreja Batista em Quitaúna
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A alma precipitada
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Abraço fraterno,

André Anéas

Peixe, pão e conversa: Jesus e os frustrados

Igreja Batista em Quitaúna
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Peixe, pão e conversa: Jesus e os frustrados
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João 21- 01

Todos nós carregamos em nossas biografias frustrações e decepções. Muitas vezes não somos quem queremos ser. Embora idealizemos, o pai, a mãe, o filho, o profissional, o cristão ou o cidadão que somos está aquém do “eu ideal”.

Algumas vezes essa situação nos conduz a um vazio na alma, uma verdadeira crise existencial. Pedro, discípulo de Jesus, enfrentou isso. Como Jesus lidou com o Pedro frustrado após ter negado Jesus três vezes? Como Jesus conduziu essa situação?

Jesus foi ao encontro de Pedro na mesma praia do início da caminhada dos dois. Lá, Jesus preparou peixe e pão para Pedro que, em sua decepção, tinha voltado a pescar.

Jesus sabia exatamente a dor que Pedro carregava. Ele conhecia o tamanho da sombra no interior de seu discípulo.

O bom Mestre conversa, amorosa e pacientemente com seu discípulo abalado, que se abre a Jesus em total sinceridade. É uma conversa que cura a alma.

Jesus não o despreza. Ao contrário, em meio a dor da frustração, reforça a vocação de Pedro para cuidar do rebanho do Bom Pastor.

As frustrações e decepções em nossas vidas são tratadas por Jesus de modo que a nossa humanidade é restaurada. Longe de querer nos fazer seres que não se frustram, o caminho do Cristo é nos conduzir à maturidade para lidar com as feridas da alma.

Está frustrado e decepcionado? Vá comer peixe e pão com Jesus. Ele está perto e pronto para uma ótima conversa.

Abraço fraterno,
André Anéas

O que é a blasfêmia contra o Espírito Santo?

Igreja Batista em Quitaúna
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O que é a blasfêmia contra o Espírito Santo?
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Marcos 03-20

Abraço fraterno,
André Anéas

A experiência do Deus oniamante

Meditações no Salmo 136

A teologia clássica – que bebeu muito da filosofia grega – entende que Deus é onipotente, onipresente e onisciente. Esses atributos definem Deus como um ser poderosíssimo, em vários aspectos. Ele pode tudo o que Ele quiser; Ele está em todos os lugares; Ele sabe de todas as coisas. Entretanto, as Escrituras revelam um Deus que é, essencialmente, amoroso. Seu poder se manifesta em sua capacidade de amar. Por detrás das ações do Eterno na história está o amor eterno e leal do Altíssimo. Em João, é possível perceber que Deus é amor. É algo que define a sua “natureza”. Dessa forma, fazer a experiência do Deus oniamante, todo-poderoso em amar, é experimentar o Deus que se revela. O testemunho desse amor poderoso consta, justamente, nas Escrituras, especialmente naquele que ora o salmo. O salmista parece discernir o que ficará evidente no Novo Testamento. Durante toda oração afirma o vínculo radical entre Deus e o amor.

É possível sermos gratos pelo fato do amor de Deus ser eterno, real e concreto; sua criação, cheia de beleza e de criatividade, está repleta e inundada em seu amor, que é o motor que impulsiona seus atos criadores; seus grande feitos na história, especialmente de Israel, são motivados igualmente pelo seu grande e leal amor; nos momentos difíceis e doloridos, em que o povo de Deus o traiu, a misericórdia, o perdão, a reconciliação, os novos começos e os novos caminhos só foram possíveis por causa de seu imensurável amor!

O Novo Testamento revela de maneira ainda mais explícita o amor divino. O Pai amoroso revelado em Jesus é aquele que deixa noventa e nove ovelhas para buscar a ovelha perdida por amor; as conversas com os marginalizados, a atenção aos perdidos, o carinho com os excluídos, são sinais do amor divino; as curas dos enfermos, amaldiçoados por aquela sociedade preconceituosa, o cuidados com os pobres e o projeto de libertação, são motivados pelo amor que há no Pai de Jesus; por fim, o maior exemplo, a morte do Filho de Deus, tem uma razão: amor manifestado radicalmente pelos humanos. O que define o seu Deus? O quão poderoso Ele é? Lembre-se que o Deus revelado nas Escrituras é poderoso tão somente por ser oniamante. Quem define Deus não é o poder em si, mas seu eterno e leal amor-todo-poderoso.

Pr. André Anéas

EPISÓDIO 41 – O lado bom da religião

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
EPISÓDIO 41 - O lado bom da religião
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Salmo 135

Historicamente sabemos muito bem que as melhores intenções religioso-institucionais podem e foram deturpadas por interesses egoístas e mesquinhos por parte da classe religiosa detentora de poder.

Isso não significa que a religião deva ser eliminada ou que não exista um lado positivo nas instituições religiosas. É justamente esse lado positivo da religião que o salmista destaca, em sua oração cheia de elementos presentes na vida dos religiosos. As convocações do salmista são sempre no plural. Ninguém cultua sozinho. A religião proporciona encontro, comunhão com o diferente, uma vivência genuinamente comunitária. Ninguém experimenta a fé cristã individualmente, mas sempre no ajuntamento.

O salmista também destaca a música entoada para o Eterno. O ambiente litúrgico que acontece nos cultos acontece por causa da religião, que organiza a liturgia para que a comunidade dos que creem adorem e deem testemunho de que são povo de Deus. Nesse espaço litúrgico, a presença de Deus se manifesta de modo místico, pois Deus está no meio do povo.

A religião é o local da preservação da memória. Nas festas de Páscoa e do Natal somos levados a rememorar nossa tradição. Por exemplo, ao repetirmos todos os meses a Ceia do Senhor, preservamos a memória desse acontecimento singular que sustenta a esperança da comunidade. As novas gerações aprendem as histórias, os símbolos, de modo que nada se perde, mas é levado adiante de geração em geração.

Por fim, é no espaço religioso que se reflete a fé comunitariamente. Se abre a Bíblia, se estuda o texto, perguntas são feitas. Tudo isso contribui para a fé se tornar mais madura e sólida. Somente com reflexão que Deus jamais se torna obsoleto. Somente com reflexão nos tornamos preparados para falar do Altíssimo para todos e todas.

Viva sua vida religiosa com intensidade. Ame a sua igreja local. Desfrute ao máximo do lado bom da religião e viva a experiência da religião.

Abraço fraterno,
André ❤️

EPISÓDIO 40 – Os verdadeiros escândalos

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
EPISÓDIO 40 - Os verdadeiros escândalos
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Mateus 18:01

O “escandalizar o irmão” é normalmente identificado com alguns clichês que foram se consolidando como verdades ao longo dos anos. Entretanto, quando lemos o texto com uma bela dose de bom senso, percebemos que o que preocupa Jesus é outra coisa.

Jesus afirma que melhor seria se lançar ao mar, cortar uma mão ou cortar um pé do que escandalizar um dos seus pequeninos (crianças literalmente ou novos na fé). Que tipo de escândalo ou de armadilha é essa a que ele se refere?

Essa fala de Jesus inicia com a pergunta sobre quem seria o maior do reino dos céus. É uma pergunta com aparência de santidade, de religiosidade e de coisa boa. Afinal, os discípulos estão preocupados com o céu. Porém, por detrás dessa pergunta está contido um pseudo-amor, uma pseudo-santidade e uma pseudo-comunhão. Coisas aparentemente boas, mas que são motivo de escândalo aos pequeninos.

O grande perigo e razão do juízo divino está em comportamentos e lógicas com aparência de algo bom, mas que na verdade distorcem a graça divina, a verdadeira santidade e alegria da comunhão da igreja. Cuidado para que o escândalo não venha de você. Lembre-se que: “escandalizar” o irmão não tem absolutamente nada a ver com se pode ou não pode as coisas que normalmente os crente imaginam, e sim com coisa que parecem um tanto “santas”.

Beijo santo,
André ??

A experiência religiosa

Meditações no Salmo 135

A religião institucional deve ser sempre criticada. Não se trata de uma crítica tola e irresponsável. Historicamente sabemos muito bem que as melhores intenções religioso-institucionais podem e foram deturpadas por interesses egoístas e mesquinhos por parte da classe religiosa detentora de poder. É fato a violência em nome de “Deus”, subsidiada com a força do poder religioso. É fato também a contradição entre o amor e as instituições religiosas, que suplantam os interessem dos outros, por seus próprios interesses. Por isso, a crítica é sempre pertinente, inclusive com o propósito de mitigar o risco de que esse mal volte a ocorrer e se instaurar, desvirtuando a religião. Isso não significa que a religião deva ser eliminada ou que não exista um lado positivo nas instituições religiosas. Se bem compreendida e organizada de modo equilibrado e saudável, existem elementos muito benéficos nas religiões. É justamente esse lado positivo da religião que o salmista destaca, em sua oração cheia de elementos presentes na vida dos religiosos. As convocações do salmista são sempre no plural. Ninguém cultua sozinho.

A religião proporciona encontro, comunhão com o diferente, uma vivência genuinamente comunitária. Ninguém experimenta a fé cristã individualmente, mas sempre no ajuntamento. O salmista também destaca a música entoada para o Eterno. O ambiente litúrgico que acontece nos cultos acontece por causa da religião, que organiza a liturgia para que a comunidade dos que creem adorem e deem testemunho de que são povo de Deus. Nesse espaço litúrgico, a presença de Deus se manifesta de modo místico, pois Deus está no meio do povo. A religião é o local da preservação da memória. Nas festas de Páscoa e do Natal somos levados a rememorar nossa tradição. Por exemplo, ao repetirmos todos os meses a Ceia do Senhor, preservamos a memória desse acontecimento singular que sustenta a esperança da comunidade. As novas gerações aprendem as histórias, os símbolos, de modo que nada se perde, mas é levado adiante de geração em geração. Por fim, é no espaço religioso que se reflete a fé comunitariamente.

Se abre a Bíblia, se estuda o texto perguntas são feitas. Tudo isso contribui para a fé se tornar mais madura e sólida. Somente com reflexão que Deus jamais se torna obsoleto. Somente com reflexão nos tornamos preparados para falar do Altíssimo para todos e todas. A religião tem um lado perverso e deve sim ser criticada. Entretanto, há um lado bom, que, se bem trabalhado, tornará a fé do povo no Eterno ainda mais profunda.

Viva sua vida religiosa com intensidade. Ame a sua igreja local. Desfrute ao máximo do lado bom da religião e viva a experiência da religião.

Pr. André Anéas

EPISÓDIO 39 – O Espírito Santo trabalha!

Igreja Batista em Quitaúna
Igreja Batista em Quitaúna
EPISÓDIO 39 - O Espírito Santo trabalha!
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João 16: 5-11

Quando Deus é reduzido a um ídolo, à nossa imagem e semelhança, achamos que podemos controlá-lo. Ele faz o que, com quem e quando nós entendemos ser adequado. Mas os ídolos que imaginamos não são o Deus revelado em Jesus!

Deus é Espírito que sopra onde quer, quando quer em quem quer. Entender isso nos liberta de acharmos que temos o controle sobre os corações das pessoas. Quando não entendemos isso, agimos como “colonizadores” de almas alheias. Somos violentos, somos proselitista, somos invasivos.

Precisamos, sim, testemunhar o amor e a justiça de Deus em nosso mundo, deixando para o Espírito o trabalho de convencer e converter corações.

Nós não somos o Espírito Santo. Portanto, deixemos Ele trabalhar. Vamos confiar que Ele está agindo para além do que os nossos olhos podem ver!

Abraços fraternos,

André Anéas

EPISÓDIO 38 – Jesus: um Deus oniamante

Igreja Batista em Quitaúna
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EPISÓDIO 38 - Jesus: um Deus oniamante
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Lucas 2:21

Jesus é a Pessoa fundamental para toda a tradição cristã! Agora, qual a imagem que temos dele quando imaginamos o Nazereno? A revelação que Simeão tem quando apresenta o bebê Jesus no templo é chave nessa compreensão e discernimento. Simeão sabe que o bebê Jesus é um “Deus-bebê”.

Que isso significa?

Primeiramente que em Jesus a vida de Simeão está plena. Em Jesus, temos satisfação completa. Não precisamos de “algo mais” para saciar nossa sede de sentido. Em Jesus, Simeão sabe que a salvação está completa, de modo gracioso e misericordioso. Em Jesus, a luz da salvação atinge tudo e todos! Essa salvação e luz atinge o âmago da alma humana.

Simeão também sabe que Jesus é um perigo e problema. Enquanto para os religiosos Ele aquele que desorganiza toda organização religioso-institucional, para os pecadores Ele se revela como um Deus oniamante, cujo poder se revela em sua capacidade de amar constrangedoramente.

Que possamos ser como os pecadores: amados pelo Deus oniamante revelado no Deus-bebê, em Jesus!

Abraços fraternos,

André Anéas